Seja Frenético

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Capítulo IX - O Pacto de Infidelidade


“Um pacto de infidelidade?”, perguntou Eliza, incrédula.
“Você está propondo que a gente traia, mas respeitando algumas regras básicas?”, questionou Helen.
“Não que a gente traia, mas que tenha casos. O relacionamento – ou os relacionamentos, dependendo do que se quer – deve ser iniciado e encerrado em um ano.
A gente não vai ter caso com o marido de nenhuma de nós...”, explicou Victoria.
“Que bom...”, interrompeu Eliza, com sarcasmo.
“E vamos tentar evitar neuroses. Pensem nisso como se vocês estivessem fazendo tratamento num spa. Vocês fazem as unhas, se depilam, pintam o cabelo, todas essas coisas que a gente faz para ficar bem. Mas tudo o que vocês realmente precisam é de uma boa noite de sexo.”

Esse é o trechinho que vem na contra capa de O Pacto de Infidelidade, de Carrie Karasyov.




No meio de clássicos e uma pilha de leitura teórica obrigatória, sempre gosto de ler um romance água com açúcar. O que me chamou atenção nesse foi a questão da traição compactuada.

As quatro amigas, Victoria, Eliza, Leelee e Helen são casadas com homens bem sucedidos, moram em um bairro luxuoso... e só. Uma delas descreve a própria vida como uma coisa morna, tomada pela rotina. Outra sente falta de chamar atenção e fazer os homens virarem a cabeça para olhar para ela. A terceira se arrepende da escolha que fez no passado e a última não vê nada de ruim em sua vida e é a mais relutante ao pacto.

Elas concordam em só contarem umas as outras tudo o que fizessem durante um ano. Nesse ano elas deveriam tentar ser felizes e encontrar o que faltava em suas vidas. Nada sairia daquele circulo de amizade e depois de um ano o experimento acabaria.

É interessante ver o motivo que leva cada uma a querer trair. Não entendo a traição, mas me surpreendi por apoiar e achar que uma delas tinha toda a razão de querer trair o marido, enquanto a outra recebeu todo o meu sentimento de ódio por tentar largar um cara tão legal.

No meio disso tudo, um colunista fofoqueiro descobre o que as amigas estão fazendo e elas têm que se virar para tentar esconder seus casos e calar a boca do escritor, que logo no fim do primeiro capítulo nós descobrimos que está morto. Essa tática de começar um livro pelo final sempre me empolga. Como adoro spoiler, não me importo de saber quem morreu, me interesso pelo o todo que fez o evento principal ocorrer. A escrita é simples e bem amarrada, daquelas que se você se interessar pelo começo, consegue terminar rapidinho.

O Pacto de Infidelidade foi o primeiro livro solo da autora, que antes havia escrito mais dois em parceria com Jill KargmanThe Right Address e Wolves in Chic Clothing.



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